domingo, 1 de agosto de 2010

Às vezes, se eu me distraio...

Semana recomeçando!

Amanhã será meu primeiro dia no Hospital de Clínicas da UFPR. Quem me imaginaria naquele lugar, algum dia, 5 anos atrás? Melhor, quem me imaginaria lá 2 meses atrás? Eu teria apostado com qualquer um, dizendo que NUNCA faria isso.

Mas começo amanhã, no setor de Bacteriologia e Urinálise. E começo de bom grado, ansiosa, quase realizada. Será difícil, pois terei que correr atrás de conteúdos nos quais eu passei direto. Contudo, certamente serei uma profissional melhor e mais completa após essa experiência.

E, também, vou aprender a lidar com meus medos, meus defeitos. É importante isso, não é? Pro crescimento. Sei que, em alguns momentos, eu vou fracassar. Mas não me arrependerei por ter tentado! Não pensarei no "se". Andei vacilando os últimos tempos, e apanhei por isso. Hoje não vacilo mais. Hoje estou feliz, sou feliz, me fazem feliz. :)

Desculpe o post sobre a minha vida, sobre os meus pensamentos. Estou me redescobrindo, aos poucos, colocando meus pés no chão. Meu caderninho de anotações, por enquanto, fica no bolso. Perco a razão ao falar sobre os outros, sobre o mundo, quando eu me apresento com uma confusão de pensamentos e desejos.



Fico aqui com uma música bonita, da minha infância, de recomeço; de um cd do qual eu não consegui me desfazer.

A Arca de Noé 
(Vinicius de Moraes)

Sete em cores, de repente
O arco-íris se desata
Na água límpida e contente
Do ribeirinho da mata

O sol, ao véu transparente
Da chuva de ouro e de prata
Resplandece resplendente
No céu, no chão, na cascata

E abre-se a porta da arca
Lentamente surgem francas
A alegria e as barbas brancas
Do prudente patriarca

Vendo ao longe aquela serra
E as planícies tão verdinhas
Diz Noé: que boa terra
Pra plantar as minhas vinhas

Ora vai, na porta aberta
De repente, vacilante
Surge lenta, longa e incerta
Uma tromba de elefante

E de dentro de um buraco
De uma janela aparece
Uma cara de macaco
Que espia e desaparece

"Os bosques são todos meus!"
Ruge soberbo o leão
"Também sou filho de Deus!"
Um protesta, e o tigre - "Não"

A arca desconjuntada
Parece que vai ruir
Entre os pulos da bicharada
Toda querendo sair

Afinal com muito custo
Indo em fila, aos casais
Uns com raiva, outros com susto
Vão saindo os animais

Os maiores vêm à frente
Trazendo a cabeça erguida
E os fracos, humildemente
Vêm atrás, como na vida

Longe o arco-íris se esvai
E desde que houve essa história
Quando o véu da noite cai
Erguem-se os astros em glória

Enchem o céu de seus caprichos
Em meio à noite calada
Ouve-se a fala dos bichos
Na terra repovoada

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