sábado, 14 de agosto de 2010

Regras

Não mate, seja gentil, respeite os mais velhos.
Eduque-se, cresça, pratique exercícios.
Ande na calçada, atravesse na faixa, não avance o sinal.
Goste de crianças, coma verduras, use filtro solar.
Não faça barulho, não traia, não deseje o mal.
(cuide-se)
Seja sincero, não roube, não buzine.
Estude, ganhe dinheiro, viaje.
Pague impostos, não abandone, não reprima.
Use camisinha, não fume, não beba.
(economize)
Ame a todos, odeie ninguém, adote animais.
Não fuja, não faça queimadas, não desperdice.
Cuidado com o sol, com os ouvidos, com os olhos.
Não exagere, acorde de bom humor, não grite.
Sobretudo, não brigue.
Seja bondoso, fale inglês, durma bem.
Acorde cedo, evite gorduras, não use drogas.
(viva)
Seja prestativo, converse, não arrisque.
Não use sacolas, não jogue o lixo na rua, beba bastante líquidos.
Amamente, tenha empatia, não maltrate.

Valores, leis e conselhos: quantos deles você conhece?
(e quantos valem à pena?)

domingo, 8 de agosto de 2010

Infância

(Hoje eu tentei lembrar de um poema que eu escrevi, em 1998, em uma aula de Português da 4ª série. Hoje, sendo dia dos pais, eu queria dedicar este poema ao meu, pois foi ele meu maior apoiador na escrita. Mas a minha memória está falha, e eu não consigo lembrar de dois versos, apenas dois, dos 16 que compõem as quatro quadras. E um poema incompleto não é um poema. Perde a razão, perde o sentido, perde a vida. Tenho a certeza de que o digitei, com uma máquina de escrever, em uma folha. A máquina já não escreve mais; e a folha, enfim, deve estar amarela e corroída. Procurarei e, ao achá-la, quitarei a minha dívida com esta homenagem)

Fica aqui, ao menos, o meu Feliz dia dos Pais.
E uma música que um amigo me mostrou hoje, dizendo que se lembrou de mim ao ouvi-la. :)

Alucinação (Engenheiros do Hawaii)

eu não estou interessado em nenhuma teoria
em nenhuma fantasia nem no algo mais
longe o profeta do terror que a laranja mecânica anuncia
amar e mudar as coisas me interessa mais
muito mais...me interessa
eu não estou interessado em nenhuma teoria
nessas coisas do oriente, romances astrais
minha alucinação é suportar o dia-a-dia
meu delírio é a experiência com coisas reais
um preto, um pobre,
um estudante, uma mulher sozinha
blue jeans e motocicletas, pessoas cinzas normais
garotas dentro da noite...revólver:"cheira cachorro"
os humilhados do parque com os seus jornais
me interessam
amar e mudar as coisas me interessa mais
um corpo cai do oitavo andar
a solidão das pessoas nessas capitais
a violência da noite...o movimento do trâfego
amar e mudar...amar e mudar
amar e mudar as coisas me interessa mais
eu não estou interessado em nenhuma teoria
em nenhuma fantasia nem no algo mais
longe o profeta do terror que a laranja mecânica anuncia
amar e mudar as coisas me interessa mais

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Inspiração

"O estado da sua vida nada mais é do que o reflexo do estado da sua mente."
(Wayne Dye)


Hoje não dissertarei sobre pensamentos, momentos ou opiniões. Hoje é simples, apenas algumas palavras, juntas, uma atrás da outra, fazendo sentido... Ou não.

Espero que gostem. :)

E um bom final-de-semana para todos nós.


Silêncios

slapt
BUM!
trim-trim

BANG!
clic
toc toc

piii
oinc oinc
crec

haha
vrummm
ohhhh

Onomatopeias.
(surgem, espantam, colorem).
E eu sigo assim,
apenas,
ouvindo.


quinta-feira, 5 de agosto de 2010

É como mergulhar num rio

Hoje eu acordei com vontade de ontem.
Hoje me deu vontade de dormir mais um pouco.
Me deu vontade de vestir uma roupa de verão, em pleno inverno.
Me deu vontade de sair numa foto histórica do HC.
Me deu uma vontade repentina de ligar pra alguém e ouvir uma voz reconfortante.
Hoje eu tive vontade de comer uma torta de chocolate de almoço.
Também quis bater papo com um estranho, na fila do ambulatório.
Tive vontade de dançar, também.
Hoje me deu vontade de ligar pra um amigo e convidar pra um café.
E a vontade de escrever?
De repente me deu vontade, hoje, de chorar.Me deu vontade de desmarcar compromissos.
Hoje me deu vontade de saudade - muita saudade.
Hoje eu quis perguntar pro rapaz simpático da Oftalmo: Como é o seu nome?
E a vontade que deu de apertar a mão do reitor?
E me deu uma vontade tão grande de voar pra longe, bem longe.
Me deu vontade, no setor de Cirurgia Geral, de perguntar: O Dr. André está?
Tive vontade de andar pelos corredores do Hospital de Clínicas e conhecer um pouco mais do hospital, do meu hospital.
E quis acabar com o choro daquele neném, na fila da pediatria.
Eu também tive vontade de conhecer novos caminhos, novos lugares da cidade.
Eu também tive vontade de um beijo.
E hoje me deu uma vontade louca e irrepreensível de comer um Passatempo. E eu fui lá e comi.

domingo, 1 de agosto de 2010

Às vezes, se eu me distraio...

Semana recomeçando!

Amanhã será meu primeiro dia no Hospital de Clínicas da UFPR. Quem me imaginaria naquele lugar, algum dia, 5 anos atrás? Melhor, quem me imaginaria lá 2 meses atrás? Eu teria apostado com qualquer um, dizendo que NUNCA faria isso.

Mas começo amanhã, no setor de Bacteriologia e Urinálise. E começo de bom grado, ansiosa, quase realizada. Será difícil, pois terei que correr atrás de conteúdos nos quais eu passei direto. Contudo, certamente serei uma profissional melhor e mais completa após essa experiência.

E, também, vou aprender a lidar com meus medos, meus defeitos. É importante isso, não é? Pro crescimento. Sei que, em alguns momentos, eu vou fracassar. Mas não me arrependerei por ter tentado! Não pensarei no "se". Andei vacilando os últimos tempos, e apanhei por isso. Hoje não vacilo mais. Hoje estou feliz, sou feliz, me fazem feliz. :)

Desculpe o post sobre a minha vida, sobre os meus pensamentos. Estou me redescobrindo, aos poucos, colocando meus pés no chão. Meu caderninho de anotações, por enquanto, fica no bolso. Perco a razão ao falar sobre os outros, sobre o mundo, quando eu me apresento com uma confusão de pensamentos e desejos.



Fico aqui com uma música bonita, da minha infância, de recomeço; de um cd do qual eu não consegui me desfazer.

A Arca de Noé 
(Vinicius de Moraes)

Sete em cores, de repente
O arco-íris se desata
Na água límpida e contente
Do ribeirinho da mata

O sol, ao véu transparente
Da chuva de ouro e de prata
Resplandece resplendente
No céu, no chão, na cascata

E abre-se a porta da arca
Lentamente surgem francas
A alegria e as barbas brancas
Do prudente patriarca

Vendo ao longe aquela serra
E as planícies tão verdinhas
Diz Noé: que boa terra
Pra plantar as minhas vinhas

Ora vai, na porta aberta
De repente, vacilante
Surge lenta, longa e incerta
Uma tromba de elefante

E de dentro de um buraco
De uma janela aparece
Uma cara de macaco
Que espia e desaparece

"Os bosques são todos meus!"
Ruge soberbo o leão
"Também sou filho de Deus!"
Um protesta, e o tigre - "Não"

A arca desconjuntada
Parece que vai ruir
Entre os pulos da bicharada
Toda querendo sair

Afinal com muito custo
Indo em fila, aos casais
Uns com raiva, outros com susto
Vão saindo os animais

Os maiores vêm à frente
Trazendo a cabeça erguida
E os fracos, humildemente
Vêm atrás, como na vida

Longe o arco-íris se esvai
E desde que houve essa história
Quando o véu da noite cai
Erguem-se os astros em glória

Enchem o céu de seus caprichos
Em meio à noite calada
Ouve-se a fala dos bichos
Na terra repovoada