quarta-feira, 28 de julho de 2010

O que há de errado

Como sempre acontece... Bem, na verdade, o sempre é muito dramático. Comecemos de novo.

Como já me aconteceu antes, as músicas da minha querida Legião Urbana me expressam de uma maneira única. Mas sei que não sou a única a se deparar com situações em que letras melancólicas, raivosas ou amorosas definem sentimentos que nem eu sei quais são. Dessa vez, no momento em que passo, retiro uma música do álbum "A Tempestade", talvez o mais sombrio de todos os lançados sob a bandeira do "Legião Urbana". Queria retirar alguma música do alegre "Descobrimento do Brasil" ou mesmo do saudoso show ao vivo "Como é que se diz eu te amo". Mas o momento pede outro álbum.

O momento é este. Esta tempestade de descobrimentos, de decepções e de felicidades. Uma chuva de verdades, com raios de atitudes narcisistas egoístas e alguns ventos de rancor. Duas semanas de humores indos e vindos de todos os cantos e meios de comunicação. De intrigas, xingamentos, lágrimas. De arrependimentos. De amor. De amizade.

Agradeço à diversão (e, aqui, uso minha crase como gostaria, pois sou grata única e exclusivamente à diversão). Agradeço por ela me ensinar que nem tudo são flores, que é preciso sofrer para curar um machucado - e que, fatalmente, esse sofrimento causará outros machucados, e assim vamos vivendo e aprimorando nossos espíritos e nossa consciência. Agradeço pelos ensinamentos.

Já disse a letra: 

"O mal do século é a solidão 
Cada um de nós imerso em sua própria arrogância
Esperando por um pouco de afeição"

E que maior verdade? Nossas atitudes são guiadas pelo nosso desejo de sermos queridos, amados, desejados, olhados ao menos. Seja por conseguir aquele emprego que sempre desejamos (e o desejamos por quê?), seja por ir a um jantar com um velho amigo. E este desejo é tamanho, que não reparamos no mal que fazemos ao próximo, desde que sejamos beneficiados.

Mesmo pertencendo ao seu álbum mais desesperador, Renato Russo demonstra não ter desistido da vida, das pessoas.

"E o que disserem
Meu pai sempre esteve esperando por mim 
(...)
E o que disserem 
meus verdadeiros amigos sempre esperaram por mim"

Com tudo isso, e todos esses meses desde que a tempestade começou, percebi que espero demais da vida, das pessoas. Mas "Estamos vivendo / E o que disserem / Os nossos dias serão para sempre". Não, não vou desistir. Agradeço à nova chance que me foi dada, ao recomeço.

Por vezes eu falharei, mas não me julgue tão severamente. Aprendi algo valioso - com tudo isso, e tudo o mais: eu sei dizer "me desculpe"

Então: me desculpe. e Obrigada.


ESPERANDO POR MIM (Legião Urbana)

Acho que você não percebeu
Que o meu sorriso era sincero
Sou tão cínico às vezes
O tempo todo
Estou tentando me defender
Digam o que disserem
O mal do século é a solidão
Cada um de nós imerso em sua própria
arrogância
Esperando por um pouco de afeição
Hoje não estava nada bem
Mas a tempestade me distrai
Gosto dos pingos de chuva
Dos relâmpagos e dos trovões
Hoje à tarde foi um dia bom
Saí prá caminhar com meu pai
Conversamos sobre coisas da vida
E tivemos um momento de paz
É de noite que tudo faz sentido
No silêncio eu não ouço meus gritos
E o que disserem
Meu pai sempre esteve esperando por mim
E o que disserem
Minha mãe sempre esteve esperando por mim
E o que disserem
Meus verdadeiros amigos sempre esperaram por mim
E o que disserem
Agora meu filho espera por mim
Estamos vivendo
E o que disserem
os nossos dias serão para sempre

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Reviravoltas

Só pra dizer. Voltarei a escrever neste pequeno diário virtual... assim que minha inspiração permitir. =) E sem desculpas!

É uma promessa de meio de ano. E uma comemoração aos últimos acontecimentos. ^^

Fica assim, então.